escuto-os dentro das noites que atravesso!
prendo-me ao rumor do vento
quero um dia limpo,
na vertigem de qualquer voo…
o silêncio é arte,
na melancolia das palavras,
invento um nada onde morar,
e a minha voz procura a tua atenção…
combalida há um espaço inventado,
não protesto nada, mas procure-te
nas sombras que sobejam,
e reclamo na morrinha de qualquer espaço…
a porta não tem arte,
inflama o corpo e a alma
tento gostar da madrugada,
no desejo renovado de uma duvida
sou outra na tua ausência,
a que te ama no clarão da lua….
helena maltez